quinta-feira, 27 de maio de 2010

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Colegas de blog, essa discussão é natimorta. Piritubão, Itaquerão, Peixão, Centenarião, Morumbi e Arena Palestra.

A premissa primeira de todos estes projetos é, ou foi, grana pública. Simples assim. Isso não está em discussão.

Arena Palestra tem grana do BNDES. A foto do enésimo estádio novo do Timão é só para irritar o McFly.

Qualquer obra desse porte no Brasil só decola com nossa grana. Ainda vai ser assim por um bom tempo.

A discussão deveria ser, sim, sobre a necessidade de um novo espaço. E aí me posiciono. Sou a favor.

Não de um estádio, não do Piritubão, cujo projeto ainda desconheço, mas de um espaço multi espetáculos/eventos. Hoje tenho que ir ao Anhembi para uma feira de negócios. São duas horas de feira, e três para chegar e sair de lá. Uma caixa quadrada, com um telhado que faz um barulho ensurdecedor quando chove.

Todos os estádios atuais da capital, têm acessos horrorosos. Se limitam a um gramado que é destruido em dias de grandes shows. Acesso, bem..., todos tem que ser heróis de vez em quando.

Está na hora do Brasil entrar no Século XXI. De preferência, menos clientelista do que no século XX, mas não se elimina essa cultura de uma hora para outra.

E para encerrar, bons dirigentes de verdade se viram sem dinheiro público. Vista a carapuça quem quiser.

7 comentários:

  1. Acabei de pensar: Se demorar muito para decidir entre o Piritubão e o Morumbi, é capaz de alguns jogos da Copa cairem de graça no Colo da Arena Palestra, que ao que parece começa agora a sair do papel.
    Seria divertido para os palmeirenses e para mim que moro do lado...

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  2. Algumas pessoas tem uma visão, na minha opinião distorcida, da "mãozinha" que o Estado dá quando um empreendimento (estádio, estrada, usina, etc.) é realizado com financiamentos melhores que os obtidos em bancos privados, que é o caso do BNDES, é realizado com custos reduzidos, que é o caso da redução de impostos na matéria prima, ou com outros mecanismos que viabilizariam o investimento, como por exemplo a doação de um terreno que pertence ao Estado.

    Acho que é justamente esse o papel do Estado, desde que a premissa seja a recuperação dessa "perda" inicial com futuros ganhos indiretos.

    Quem aqui não quer o que o Korus quer? conforto, modernidade, praticidade... o Brasileiro (nós do blog principalmente) ama o Futebol e tenho certeza que os estádios de modernizarem, as médias de público subirão de 15k pra 40k pessoas por jogo. E vem junto com isso desenvolvimento para a região, mais arrecadação de impostos com serviços, e principalmente a satisfação do cidadão, que deveria ser o foco do Estado e que faz com que todo esse ciclo se justifique.

    Olhando de outra forma, o que o Estado efetivamente paga? O que é tirado do nosso bolso do que foi relatado acima? Só o dinheiro do BNDES. O restante significa redução de arrecadação, não perda. E na verdade não tem nada de bonzinho nisso, o Estado vai ganhar muito mais la na frente, qdo sair do papel o empreendimento.

    Por isso, seja qual for o destino, desde que o BNDES tenha um modelo financeiro que garanta que quem tá pedindo o dinheiro emprestado tem como pagá-lo, deve sim emprestar, e nós boleiros temos que torcer que o Novo Morumbi, a Arena e o GAMBAZÃO virem verdade.

    Eu só não gosto quando o dinheiro vai do Estado (BNDES) para o próprio Estado (que é o que querem fazer com o complexo de Pirituba).

    Como, no caso da Copa, é o Rei Ricardo Teixeira que decide onde vai ter jogo de Copa e as linhas de crédito e redução de impostos se aplicam para a Copa, virou tudo um cenário político e essa gangue sempre vai pra onde tem mais chance de respingar dinheiro "por fora". Como o Professor em Roubo Paulo Maluf nos ensinou, o melhor caminho é o Estado sendo o Empreendedor.

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  3. Gentil, alguns fatos:

    1) É possível hoje, se captar dinheiro no exterior com taxas melhores do que as oferecidas pelo BNDES. Não se faz justamente por não existir, caso o empréstimo seja tomado junto a um banco sério, a possibilidade de calote.

    2) O BNDES é capitalizado constantemente pelo tesouro, que lhe empresta grana a 10% ao ano. O BNDES joga essa grana no mercado a 6%, subsidiando pobres empresários com casa em Angra.

    No fim das contas, não dá para fazer conta.

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  4. Curioso que o Inter e o Gremio possuem estádios particulares, feitos com grana própria. Se não serve de exemplo, já que a reforma de ambos e o novo estádio do gremio serão feitos com grana publica, tá aí a Arena da Baixada, do Atletico-PR e o de Volta Redonda, feito com grana da Petrobras, mas como patrocinadora. Ou seja, se a coisa fosse minimamente séria, a ajuda governamental seria útil, porém nao o essencial. Em Portugal, para a Euro 2004, reformaram tudo, ou melhor, reconstruiram quase tudo com dinheiro publico. Estádios velhos eram colocados a baixo e construidos novos. Hoje estão quebrados, deficitários, Portugal se arrepende do que fez, ainda que tenha dado muito lucro. Na Alemanha, 50% das reformas de estádio vieram com dinheiro publico, mas ninguém vai reclamar, pq era sabido que o interesse era pró-copa, e tudo foi devidamente fiscalizado, nao houve superfaturamento, e as parcerias que deveriam privilegiar particulares tiveram investimentos particulares, na proporção acordada a epoca. Japao e coreia a maioria dos estadios foi feito com dinheiro privado...
    Enfim, a discussão é longa. a principio, tb nao veria problema do BNDES facilitar o crédito. Mas a expectativa nao é essa. quer ver a diferença: conversei com diretores do atletico-pr e do spfc. O do atletico falou que se a iniciativa privada nao bancar as reformas, por ele, curitiba perde a sede. ele nao pegara emprestimo do bndes pq nao tera dinheiro para pagar. ja no spfc, a expectativa é para que este negocio de pai pra filho seja "esquecido" depois de 2014. Ou seja, o emprestimo seria dado agora, com 2 anos de carencia, para que se tentasse uma prorrogação da carencia para 2014, e depois, ah, deixa pra lá. essa ideia do spfc veio de prefeitos que farao arenas publicas para a copa. e assim vamos indo...

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  5. A alternativa 1 não se aplica, pois o que vc diz que é possível vc diz na mesma frase que também não é possível, uma vez que o banco do exterior não vai emprestar o dinheiro. Lógica (Vc tem aquário em casa?).

    Partindo da premissa que o objetivo do Empresário é seu empreendimento, não sua casa em Angra (o que tem um viés preconceituoso ruim pra quem quer que o saia do século XX), tá certo ele em buscar seus recursos onde for melhor pra ele obtê-los. O que o BNDES faz é um problema do Estado, não do empresário.

    Do lado do empresário dá pra fazer a conta sim. Arena Palestra e Novo Morumbi são a prova disso, aguardando as garantias de pagamento para a obtenção dos empréstimos do BNDES.

    É do lado do Estado que a conta tem que ser feita. O modelo de 10% contra 6% não pode ser visto isoladamente, pois de outro lado paga-se 35% do PIB em impostos nesse país. O Estado que ajuste isso, deveriamos votar melhor, não ficar chamando o empresário brasileiro de imbecil. Não que não existam alguns, mas tem muito mais político imbecil. Isso vc pode ter certeza.

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